O universo dos super-heróis é recheado de personagens cativantes e que desafiam as convenções. Entre eles, Floyd Lawton, conhecido como Deadshot, se destaca não apenas pela sua habilidade excepcional com armas de fogo, mas também por sua complexidade emocional. A cena em que ele é apresentado no filme "Esquadrão Suicida" encapsula perfeitamente esse caráter multifacetado, mostrando que nem todos os vilões são unidimensionais.
A sequência começa com o Coronel Rick Flag, o líder relutante do Esquadrão, ordenando a liberação de Deadshot para um teste de destreza. O clima é tenso; todos os olhos estão voltados para Lawton, prisioneiro e assassino consumado. Ele aceita o desafio, uma expressão de confiança moldada por anos de experiência na arte de atirar. A primeira demonstração de sua habilidade acontece quando, com uma arma em mãos, ele dispara para o ar. O ato é um aviso aos seus captores: ele não é apenas mais um criminoso. Sua precisão é tão letal quanto um veneno silencioso.
A cena seguinte é um verdadeiro espetáculo de talento. Deadshot não se contenta em apenas mostrar o que pode fazer; ele se propõe a realizar uma façanha que poucos atiradores conseguiriam: acerta os alvos suspensos, um por um, com uma precisão cirúrgica. O clímax é quando ele dispara, atingindo a bala que disparou anteriormente, uma demonstração de habilidade que capta aqueles que assistem, deixando todos, até mesmo seus guardas, em estado de admiração. É um momento de pura adrenalina e destreza, deixando claro que Lawton não é apenas um mercenário; ele é um artista.
Após o teste, Deadshot se transforma em um negociador astuto. Naquela sala dominada por macho, ele mostra que, apesar das circunstâncias, mantém o controle. Com a arma agora descarregada, ele conversa diretamente com Amanda Waller, a chefe implacável do projeto. Lawton, ciente de seu valor, apresenta suas exigências de forma calculada. “Quero sair da prisão, ter a custódia total da minha filha, e que o governo pague sua educação em uma universidade de prestígio,” ele afirma, utilizando sua habilidade para barganhar. O que poderia parecer uma proposta razoável, nas mãos de um criminoso e assassino, se transforma em uma tática de manipulação na batalha por liberdade e conexão familiar.
Esse momento de tensão é interrompido por Griggs, um guarda que não se contém em expor seu desprezo pelos membros do Esquadrão. “Vocês são aberrações antissociais psicóticas,” ele diz, isolando Lawton em uma sala de desdém. Contudo, o que Griggs não percebe é que, sob a aparência de vulnerabilidade, Deadshot trama um jogo de xadrez emocional, enquanto Waller, sempre no controle, destaca a necessidade de fazer acordos com a escumalha.
A cena destaca várias dinâmicas - a frieza de Deadshot, a manipulação de Waller e a resistência de Griggs. O que emerge é uma complexidade que transcende os papéis de vilão e herói. Em "Esquadrão Suicida", cada personagem tem suas forças e fraquezas, e Lawton se destaca como um dos mais fascinantes. Sua habilidade no tiro é a manifestação de sua luta interna, preso entre o que é e o que deseja ser.
Fonte: Flashback FM
Veja também...


One thought on “A Precisão de Floyd Lawton: O Teste do Atirador de Elite em “Esquadrão Suicida””